sábado, 30 de janeiro de 2010

CASAS DE SWING DA BAIXADA SANTISTA - Uma análise real em busca da melhoria do serviço oferecido!

Literalmente tirando leite!!




Bem amigos do mundo liberal.

O que pretendemos escrever hoje é sobre o swing regional, ou seja, a nossa realidade do mundo liberal na Baixada Santista.

Há alguns anos atrás era inimaginável numa região quase metropolitana de São Paulo haver cerca de 4 casas de swing por aqui, sem contar inúmeras festas paralelas acontecendo em finais de semana intercalados.

Não sou tão velho assim, mas sou do tempo que para se curtir a troca de casais e suas variantes tínhamos que subir a serra.

Há cerca de 10 anos atrás, em São Vicente foi dada a largada para a euforia liberal que se vê hoje com a abertura do falido Golden Night Club, que conheci apenas pelos bastidores, já que fui indicado por amigos a dar um suporte de comunicação visual entre outras pequenas coisas na área de comunicação do clube.

Era uma casa ampla, em frente ao Golf Clube de São Vicente, com estacionamento, piscina, diversos quartos, uma “arena” com um colchão comunitário imenso. Enfim, a estrutura era além de aconchegante muito bem estruturada para receber os poucos casais que ali se aventuravam.

Naquela época, ainda virgem no mundo do swing, pude perceber o quanto os casais da Baixada ainda engatinhavam no quesito putaria.

Pouquíssimos casais se atreviam a visitar o lugar e se arriscar a ser visto no submundo do sexo proibido.

“Ah, mas e se encontrar alguém?”, “Ah, mas e se for pego lá dentro por alguém conhecido?”, “Ah, mas e se...”. Eram inúmeras as desculpas e os medos para não se freqüentar o local.

Sim, havia um porém, amplamente discutido com o proprietário que era o fato de ele sempre se intrometer no relacionamento dos casais.

Entendo eu, que se a administração do clube fosse diferente, poderia se tornar uma referencia nacional do Swing na Baixada Santista, assim como representam para Curitiba o Desirée, para Porto Alegre o Sofazão, entre outros pelo Brasil afora.

Mas o que me chamava a atenção naquele clube era o CONFORTO. Colchões e camas amplos, sofás de veludo vermelho italiano, poltronas espaçosas, carpetes nos corredores. Era um ambiente muito acolhedor.

Passados alguns anos, o que vemos hoje é uma explosão do swing e suas vertentes. Uma verdadeira febre ou moda como queiram. No Brasil e no mundo o assunto que era um verdadeiro tabu se tornou algo palpável literalmente e amplamente divulgado não só pela mídia sensacionalista como também atribuo esse crescimento as facilidades da Internet que propiciou aos casais que antigamente anunciavam em revistas especializadas e recebiam propostas em suas caixas postais físicas a manterem anúncios em sites especializados, sites de relacionamento, blogs e sexlogs e a caixa postal passou a ser virtual.

Ou seja, a tecnologia foi o grande incentivo que faltava para que o swing saísse do submundo e ganhasse as melhores avenidas das grandes cidades.

É claro que a internet tem inúmeras vantagens, principalmente manter o anonimato dos casais e simpatizantes. Isso faz com que inclusive, os liberais precisem tomar muito cuidado para não caírem em golpes e sacanagens virtuais.

Mudou também o panorama de fantasias, pois quem antigamente pensou um dia em poder assistir ao vivo, pela tela de um computador um strep tease, ou mesmo um ou mais casais transando do outro lado do modem? Fantasias serão sempre fantasias e a internet veio para fomentar ainda mais o que chamo de tarados virtuais, ou seja, aqueles que preferem se esconder atrás de um monitor e melar o teclado e o mouse.

O voyerismo, o exibicionismo e os fetiches virtuais são ferramentas que multiplicam os adeptos do sexo grupal sem limites e além dos virtuais, também e, ainda bem que existem aqueles que prefiram o real.

Se é sadio, eu não sei. Mas entendo que o sexo ainda vai demorar muito para ser tão prazeroso como é pessoalmente. Nada como pele com pele.

É claro que toda a procura e a aceitação de parceiros virtuais em parceiros reais é sadia. Isso torna a sedução, a malícia, a conquista muito interessante. Mas entendo que deva sair do virtual e ir para o mundo real sim.

Contudo, quando caímos no mundo real, temos alguns poréns que na verdade, é o assunto que gostaria de abordar nesse post “desabafo”.

Voltando um pouco a realidade swinger aqui do litoral de São Paulo, hoje temos 4 casas de swing, sendo 2 em Santos e 2 em Praia Grande.

Pensando em números, até que não estamos mal. Afinal, temos opções e isso gera a concorrência, coisa que deveria manter o alto nível dessas casas.

Mas, infelizmente, não é o que acontece.

Vamos aos fatos: Das 4 casas atuais, atualmente conhecemos duas. A Littith Club, na Rua da Constituição em Santos e a Atenas Clube, na Av. Kennedy em Praia Grande.

A Tentação Clube, também na Rua da Constituição e a Beach Club em Praia Grande ainda não conhecemos e portanto, evitarei falar delas.

A primeira casa de swing que fui com minha esposa foi a antiga Secret CLub, em Santos e depois fomos conhecer a Atenas, quando era no endereço ao lado do Boi Bão.

O que vou relatar agora, é a nossa impressão quanto ao perfil, receptividade, conforto, freqüência e outros aspectos swinguers.

Bom, a antiga Secret era uma casa pequena, mas muito bem estruturada, apesar de não ter labirinto, no início possuía dois quartos, sendo um coletivo e foi se modificando a partir de algumas reformas onde buscaram sempre motivar o apelo sexual ao qual se destina esse tipo de empreendimento.

Sentíamos-nos muito bem e sempre que lá fomos acabamos nos envolvendo seja com singles seja com casais. Havia certo conforto com camas (no início), sofás de alvenaria amplos e ambientes aconchegantes. Sem falar na freqüência onde podíamos ver casais e singles muito bonitos.

Ou seja, era uma casa nota 9, pois realmente faltava espaço, mas dentro do possível, oferecia o que os casais buscavam.

Entendo que o casal swinguer quando vai num clube de swing busque ter oportunidade de conhecer outras pessoas e de certa forma, havendo afinidades o envolvimento seria inevitável. A Secret proporcionava isso e ainda os freqüentadores esbanjavam sensualidade e sexualidade. Mesmo depois que virou Lillith Club, ainda no mesmo Lugar, ela continuava com as mesmas características.

Quanto a Atenas (Boi Bão) era um ambiente amplo, grande mesmo com um ótimo labirinto, espaçoso, com alguns sofás perto da pista de dança e até rolava uma piscina. Mas deixava a desejar em alguns aspectos importantes. Algumas mesas e cadeiras de plástico, daquelas de bar, banheiros sujos e pequenos o que aliás é uma peculiaridade regional (nenhuma casa da região oferece banheiro agradável e limpo), mato alto em volta do quintal, enfim.

Então, fomos conhecer a nova Atenas, já no endereço atual, na Av. Kennedy, em Praia Grande. Decepcionamos-nos justamente com o que mais nos preocupa.

Eles diminuíram o labirinto, deixaram poucas opções de ambientes privativos e continuam com poucas opções confortáveis. A casa tem potencial. Mas ainda falta muito trabalho.

Bom, na verdade, entendo que os donos dessas casas deveriam apostar muito mais no conforto e na sexualidade da coisa, se é que me entendem.

Acredito que o conforto para o sexo é fundamental. Lugares agradáveis, ambientes aconchegantes, sofás, camas, enfim, opções para que as pessoas possam se olhar, paquerar, conversar, transar, se exibir, olhar, entre outras coisas.

Falta sensualidade e sexualidade. São ambientes que parecem ter sido muito mal adaptados para serem ponto de encontro dos casais que podem ali se conhecer e depois tem que buscar opções em motéis ou mesmo nas próprias casas dos casais.

Inclusive na nossa última visita, justamente na inauguração da nova Lillith em Santos, comentamos se não seria melhor efetivarmos nossos contatos pelo MSN, orkut ou mesmo sexlog, marcarmos um encontro em algum local, tipo um barzinho ou algo parecido e dali deixar a coisa acontecer pelos caminhos naturais e aconchegantes de um motel qualquer.

Os proprietários das casas regionais deveriam perceber como swinguers que são a necessidade de promover não só o local para o encontro, mas também o ambiente. Deveriam por exemplo ter um staff mais bem treinado para recepcionar melhor seus clientes. As casas de São Paulo inclusive, possuem pessoas que apresentam a casa aos novos interessados na prática, aos visitantes de primeira viajem.

O cuidado com o casal deve sim ser exagerado. Deve ser de mimo, um mimo sexual, erótico onde quem chega e entra na casa já deveria estar excitado só de sentir o cheiro do ambiente.

Ta certo, entendo que estamos na praia, descontração, calor...mas isso não significa que devemos transar no chão de palafitas de um barraco qualquer.

O problema é o preço cobrado? Quem quer se divertir com conforto, tem que pagar por isso. Ou então, mercadologicamente falando a casa deveria bancar esse conforto em prol da não evasão dos casais. Tenho certeza que muitos devem pensar como eu. Pagar pra não ter conforto, melhor ficar no computador e marcar algo com algum outro casal descontente com as casas da região.

Esse desabafo é mais um alerta. Pois com 4 casas na região e poucas opções de aconchego, estamos perto de voltarmos a estaca zero e aí, será tarde demais para recomeçar todo um processo já iniciado. E entendo que não devemos perder os muitos, mas ainda poucos casais swinguers da região.